domingo, 11 de novembro de 2012

Vento



Tenho sono,
O sono de mil noites não dormidas,
Gastas sonhando acordado,
Num eterno rolar na cama.

Meus dragões me enlouquecem,
Seus venenos entram em meus ouvidos,
Rasgam minha personalidade,
Minha frágil consciência.

Cosmonauta eu sou,
Perdi minha nave num planeta azul,
E agora vago com remos em terra,
Em um voar pelo ar sem asas.

Minha verdade é mentira,
E o nada me persegue,
Queimando tudo a minha frente,
Para eu chegar soprando as cinzas.

PAblo Poetry